# Simetrias e Leis de Conservação

# Princípio da Ação Mínima (Princípio de Hamilton)

O princípio de Hamilton diz nos que um sistema físico irá seguir, de entre todas as trajetórias possíveis, aquela que minimiza o integral S designado por Ação.

Lagrangiano

A função L\mathscr{L} designada função de Lagrange depende das coordenadas r=(r1,r2,...,rn)r=(r_1,r_2,...,r_n) e respetivas derivadas r˙=(r˙1,r˙2,...,r˙n)\dot r=(\dot r_1, \dot r_2,..., \dot r_n).

δS=δ(t1t2L(r,r˙,t)dt)=0\displaystyle \delta S = \delta (\int^{t_2}_{t_1} \mathscr{L}(r, \dot r, t)dt) = 0

Em mecânica clássica, a função L\mathscr{L} é dada por:

L=TU\displaystyle \mathscr{L}=T-U

em que T e U representam, respetivamente, as energias cinética e potencial do sistema.

Demonstração das Leis de Newton

Usando o princípio da ação mínima e equações de Euler-Lagrange, é possível demonstrar todas as Leis de Newton

# Voltando a Newton

Formulas de Newton

TIP

  • O trabalho de uma força é igual à variação de energia cinética

WAB=ΔEcW_{AB}=\Delta E_c

  • O trabalho de uma força conservativa é igual à variação da energia portencial, pelo que não depende do caminho de aplicação da força.

# Graus de liberdade e Coordenadas Generalizadas

Graus de Liberdade de um sistema correponde ao número mínimo de variáveis independentes necessárias para a descrição do sistema.

As equações de Euler-Lagrange podem ser escritas em função das variáveis generalizadas, qiq_i, correspondentes aos graus de liberdade do sistema.

Lqiddt(Lqi)=0 \frac{\partial L}{\partial q_i} - \frac{d}{dt}(\frac{\partial L}{\partial q_i}) = 0

Por exemplo, no caso do pêndulo gravítico plano, as variáveis xx e yy não são independentes uma vez que a trajetória (circular) do pêndulo permite conhecer xx para um dado yy e vice-versa. Neste caso, utiliza-se apenas uma variável (θ)(\theta) que define a posição do pêndulo. Diz-se então que o sistema tem apenas um grau de liberdade.

Pendulo Gravitico

A partir desta imagem, de um pêndulo gravítico, podemos deduzir que:

{x=lsinθy=lcosθ{x˙=lθ˙cosθy˙=lθ˙sinθ\begin{cases} x = l \sin \theta \\ y = l \cos \theta \end{cases} \implies \begin{cases} \dot x = l \ \dot \theta \cos \theta \\ \dot y = -l \ \dot \theta \sin \theta \end{cases}

# Forças de atrito

Como as forças de atrito têm sempre o sentido contrário ao da velocidade, o trabalho das forças de atrito é sempre negativo.

Fα=Kαvαev \overrightarrow{F_\alpha} = -K_\alpha |\overrightarrow{v}^\alpha| \overrightarrow{e_v}
  • Atrito sólido - sólido: Quando α=0\alpha = 0
F0=K0ev,K0=μP \overrightarrow{F_0} = - K_0 \overrightarrow{e_v}, K_0 = \mu |\overrightarrow{P}|
  • Atrito sólido - liquido (fluidos): Quando α=1\alpha = 1
Fα=K1vev \overrightarrow{F_\alpha} = - K_1 |\overrightarrow{v}| \overrightarrow{e_v}
  • Atrito sólido - fluido (alta velocidade): Quando α=2\alpha = 2
Fα=K2v2ev \overrightarrow{F_\alpha} = - K_2 |\overrightarrow{v}|^2 \overrightarrow{e_v}

Revisões 12 ano - Fluidos (opens new window)

# Energia Mecânica e Potência

A energia mecânica é dada pela soma da energia potencial com a energia cinética: E=T+UE = T + U

Na ausência de forças exteriores ddt(T+U)=dEdt=0\frac {d}{dt} (T + U) = \frac {dE}{dt} = 0 \implies Lei da conservação da energia mecânica.

Assim, na presença de forças exteriores, a energia mecânica do sistema não se conserva:

dEdt=Fiextri \frac {dE}{dt} = \sum F_i^{ext} r_i

Se:

  • A resultante das forças exteriores tem o mesmo sentido que o movimento, as forças exteriores fornecem energia ao sistema: dEdt>0\frac {dE}{dt} > 0

  • A resultante das forças exteriores tem o sentido oposto ao do movimento, o sistema perda energia para o exterior (ex: Forças de atrito): dEdt<0\frac {dE}{dt} < 0

  • A resultante das forças é perpendicular ao movimento, força normal no caso do pendulo. dEdt=0\frac {dE}{dt} = 0

Last Updated: 6/27/2021, 11:11:21 PM